sábado, 24 de setembro de 2005

Chegando em Casa


Chegamos em Porto Alegre ao final da noite de sábado, havendo tempo para algumas compras nos freee-shops de Riveira e um bom almoço em Livramento.
o total foram 10.207 km computados pelo GPS, em um total de 114 horas de deslocamento, com média horária geral de 90,3 km/h.

Gastamos pouco mais de R$ 1.500,00 por pessoa, inclusos aí despesas preparatórias, combustíveis, alimentação, ingressos, etc...

Olhando para trás, concluímos que é uma aventura que vale a pena ser vivida em uma semana, motivo pelo qual a falta de tempo não é desculpa para ninguém deixar de realizar este trajeto (por demais batido em sites de aventura).

Realizá-lo de motocicleta, hobby e lazer dos 3 aventureiros, já diríamos que esta sim, é uma “indiada braba” e que exige, por baixo, uns 15 dias.
Por este motivo, no início de 2006 nossas duas rodas estarão cruzando o pantanal, mas aí já é outra história.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Península Valdez


O santuário ecológico da Peninsula Valdez é um espetáculo a parte. Tomamos banho de sol com os leões marinhos (ou elefantes marinhos, lá sei eu, uns bichos grande para caramba), visitando também a pinguineira, onde batemos um plá com os bichanos.

Também aventura de tracionar a 4x4 em direção as salinas existentes na Península. Divertimento garantido (depois soubemos que prática proibida). Iniciamos naquela tarde o retorno.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

El Chatén e cruzando da Ruta 40 para a Ruta 3

As referências a El Chatén são muitas em El Calafate. O rípio da ruta 40 para lá é parada dura. A cidadizinha fica no meio do nada, se é que nada tem meio. Se visitam de lá as duas maiores geleiras da Argentina, só que a pé (é capital nacional do trekking).


São 40 minutos a pé em uma e 2 horas em outra. Optamos por seguir até o sopé da cordilheira dos Andes, buscando o Lago da Descoberta (estou me perguntando até agora o que descobriram por lá).

Retornamos a Ruta 40 no final da tarde para cruzar para a Ruta 3, no lado do Atlântico. Se dirigir no rípio de dia é difícil, na noite e na madrugada nem se fala. Agradecemos até hoje termos levado o aparelho GPS, plotado com Mapas Argentinos, senão possivelmente estaríamos até hoje no meio do deserto da Patagônia. Foram uma noite e uma madrugada em mais de 800 km de rípio sem encontrar viva alma ou carro.

Resolvemos sair da Ruta 40 na cidade de Perito Moreno, pegando a ruta 43 para encontrar a Ruta 3 em Caleta Olívia, perto de Comodoro Rivadávia. Dirigimos até o amanhecer, quando tomamos um banho quente em um posto de combustível perto de Puerto Madryn. Estávamos a poucos quilômetros da Península Valdez.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

El Calafate – Perito Moreno

Acordamos tarde. Cidade essencialmente turística, simpática e agradável. Por volta do meio dia fomos visitar o Glacial Perito Moreno de carro (dista 80km da cidade). Muitas fotos e vista magnífica. Retornamos a cidade para descansar, para seguirmos no dia seguinte a El Chatén.








terça-feira, 20 de setembro de 2005

Cerro Castor – Esqui – Ushuaia - El Calafate


Levantamos acampamento para seguirmos nossa aventura. A cerca de 27 km de Ushuaia há a estação de esqui de Cerro Castor, que se orgulha de ser a estação mais longa de toda América do Sul (ao final de setembro a maioria está fechada – findou o inverno). Aluga-se tudo para esquiar. São 37 pesos do esqui + botas, 10 pesos das roupas e 28 pesos para a estação.

Os comentários sobre nosso desempenho no esqui mereceriam uma história a parte e, certamente, dariam uma enorme sessão pastelão. Considerados os 3 patetas, a média de tombos deve ter chegado a mais de 100 cada um. Doloridos, final da tarde, seguimos viagem em direção a El Calafate.

Tínhamos intenção de cruzar a balsa por Porvenir, desembarcando em Punta Arenas, mas a balsa faz sua última saída as 14:00hs. A do Estreito de Magalhães opera até a meia noite e foi por lá que retornamos. Seguimos viagem pelo Chile até Porto Natales, quando cruzamos para a Argentina novamente. Como abastecemos a ultima vez em Ushuaia, os galões reservas de combustível nos deram tranquiilidade, evitando desviar da estrada para abastecer na cidades Chilenas, cujo Diesel custa mais do dobro do Argentino.

Chegamos em El Calafate as 4 da Matina, louco por uma cama. Encontramos hospedaria de boa qualidade, por cerca de 200 pesos para os 3.

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

O dia em Ushuaia


Dia agitado!. Fomos conhecer o Parque Nacional da Terra do Fogo, o final da Ruta 3. Local muito bonito, próximo a divisa da Argentina com o Chile. Depois fomos ao centro pegar informações sobre os passeios de barco pelo Canal de Beagle, que saem as 15 horas diariamente (até lá tem cartel) e fomos visitar o Glaciar Martial, em uma das montanhas que circunda Ushuaia. As tradicionais guerrinhas com bolotas de neve e algumas escorregadas no gelo, mas todo mundo inteiro.






A tarde visitamos o presídio de Ushuaia, com bastante informações sobre o início da cidade (prisão no fim do mundo). É um passeio que vale a pena dispender fósforo nas leituras do local. A noite uma bela parrilla regadas a quilmes litro (tiramos a barriga da miséria).

domingo, 18 de setembro de 2005

A Chegada em Ushuaia

No terceiro dia (18 – domingo) cruzamos a fronteira com o Chile, pegando a Balsa no Estreito de Magalhães (se vocês nunca repararam a Terra do Fogo é uma ilha), rodamos a primeira vez no rípio, até cruzar a fronteira Argentina novamente, em San Sebastian.
Chegamos em Ushuaia ao final da tarde. Foram 4.402 km, percurso mais curto até Ushuaia, em um total de 45h44m rodando, a uma média de velocidade de 96,2km (apesar de sempre mantermos cerca de 120km por hora, mas a média baixa com as ultrapassagens, entroncamentos, etc...) e 8h17m gastos nas paradas de abastecimento, banho e alimentação.

Ao contrário do que esperávamos, estávamos relativamente “ inteiros”.
Achamos uma pousada no centro, onde a diária para o três ficou em 100 pesos, excelente.

sábado, 17 de setembro de 2005

Passando por Baia Blanca até San Antonio do Oeste


No dia 17, sábado, fomos almoçar em Baia Blanca, encontrando ao final da tarde um hotel em San Antonio do Oeste (após Viedna) para tomarmos um banho, trocarmos de roupa e jantarmos. Seguimos em frente, se revezando na direção. Com a autonomia de mais de 800km da Ranger não nos preocupamos com abastecimentos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Porto Alegre a Buenos Aires

Nosso projeto contemplava dirigir de Porto Alegre direto Ushuaia, 24 horas por dia, com sistema de revezamento entre os 3 na direção do veículo, tarefa cumprida sem maiores problemas e desgastes.

No dia 16/09/05 (sexta-feira) saímos de Porto Alegre por volta das 15 horas, saindo do Brasil por Livramento/Rivera (Uruguai) e cruzando a Argentina na fronteira Paysandu/Cólon. Na Argentina pegamos a Ruta 12, depois a 14, para encontrar a Ruta 3 nas proximidades de Buenos Aires a qual cruzamos na madrugada de Sábado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Quem Foi, como Fomos e o que Levamos

Marco Spadoni (39, analista de sistemas), Marcos Weber (27, empresário da área de informática) e Ramon Schneider (42, consultor) foram os integrantes da “indiada”.

Fomos em uma Ranger 2000, 4x4, Cabine Dupla, turbo diesel. Para encarar o rípio da ruta 40 levamos mais 2 estepes (exagero), nenhum dos quais se mostrou necessário.

Providenciamos seguro carta-verde, triângulo adicional e cabo de reboque – equipamentos exigido na Argentina, além da habilitação internacional de um dos motoristas (exigida no Chile).

No mais, cobertores e roupa (faltaram cuecas e meias e sobraram blusões – coisa de barbado arrumando mala).

USHUAIA, EL CALAFATE E VALDEZ EM 8 DIAS

Partindo de Porto Alegre, via terrestre, o relato de uma viagem em 8 dias á Ushuaia, El Calafete, El Chatén e cruzando o rípio da Ruta 40 até a Península Valdez. Foram 10.000km. E deu tempo até para esquiar. Confira.

Dizem alguns que “tudo é uma questão de tempo”. No nosso caso, da falta dele. Somos, originalmente, aventureiros sobre duas rodas, integrantes do grupo Anjos do Asfalto. Em janeiro de 2005 havíamos cruzado a cordilheira dos Andes até o Chile (confira o relato em http://inema.com.br/mat/idmat057082.htm), mas a viagem de moto a Ushuaia, roteiro obrigatório dos aventureiros, exigiria um “ tempo” que não dispúnhamos, além do grupo ter idéias de no verão de 2006 viajar ao Pantanal, adiando sine die a viagem à cidade mais austral do planeta.

Contudo, ao final de julho de 2005, após a ingestão de considerável conteúdo de líquido amargo acondicionado em latas de alumínio de uma tal de “Skol”, concluímos que seria possível pegarmos o final do inverno em Ushuaia, esquiarmos, visitarmos as geleiras, a Península Valdez e voltarmos a Porto Alegre, em uma semana, pegando, ainda, um feriadão – o que nos faria “folgar” meros 3 dias de basquete. Curada a ressaca, a idéia ainda nos pareceu boa, fato raro.