sábado, 30 de janeiro de 2010

Planejando uma viagem pelo NORTE da América do Sul

Tenho pensado, já faz uns 2 anos, uma maneira de fazer uma viagem longa de moto, aproveitando o tempo que me sobra, os feriadões. Viajar, deixar a moto em uma garagem e retornar de avião. Noutro feriado, volto de avião e sigo viagem, a assim vai. A moto deve ficar cerca de 1 ano fora de Porto Alegre.

A primeira parte da viagem já está definida, as outras podem estar sujeitas a mudanças, mas o roteiro ficou assim:

Trecho 1 – Porto Alegre a Cuiabá (Pantanal)
12/02/2010 (sexta) a 16/02/2010 (terça)
12/02/2010 – Porto Alegre – Dourados/MS – 1.235km
13/02/2010 – Cuiabá – 922 km
14/02/2010 – Barão de Melgaço (Pantanal), por Santo Antonio Leverger – cerca de 120km volta para Cuiabá
15/02/2010 – Poconé (Pantanal) – 115km, Cáceres (só para conhecer) volta para Cuiabá, total de 530km
16/02/2010 – Chapada dos Guimarães – 65km, volta para Cuiabá
16/02/2010 – Voô para Porto Alegre

Trecho 2- Cuiabá até Lima (Peru), via Rio Branco, Acre.
16/04/2010 (Sexta) a 25/04/2010 (domingo)

16/04/2010
17/04/2010 a 19/04/2010 – Cuiabá a Rio Branco – 1.915km
Passando por:
Tangará da Serra – 245km
Ji Paraná – 792 km
Porto Velho – 372km
Rio Branco – 506km

Nota: O Rodrigo, de Rondônia, me alertou que o trajeto "normal" é por Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda, Comodoro, Vilhena e segue. Ainda vou me informar melhor sobre o trecho que pretendia, cruzando por Tangará, e, se não for em condições muito ruins, devo fazê-lo para fugir um pouco do lugar comum e rodovias principais. Mas agradeço o comentário Rodrigo (deixe seu mail para contato, por favor, abraços).

20/04/2010 – Rio Branco até Assis Brasil – 210km
Inapari – Puerto Maldonado 200km

21/04/2010 – Puerto Maldonado – Cuzco – 510km

22/04/2010 – Dia reservado para algum imprevisto ou andanças na cordilheira

23/04/2010 e 24/04/2010 – Cuzco a Lima

25/04/2010 – Lima

25/04/2010 – Volta ao Brasil, de avião.

Trecho 3 – Lima (Peru) até Manaus, passando pela Colômbia, Equador, Venezuela e Manaus
Possivelmente no entorno do feriado de Corpus Cristhi no começo de junho.


Trecho 4- Saindo de Manaus e iniciando o Retorno
Feriado de 7 de setembro ou de 12 de outubro

Os Motivos da Viagem "Interrompida"

Esses dias peguei uma carona com meu pai, já aposentado, e conversei sobre algumas idéias de vida e de viagens. E, dentre outras longas histórias (meu pai daria um livro, bem grande) ele me falou que seu pai (meu avô), quando ele tinha a minha idade (já estou chegando nos 50), falou para ele: ".. filho, se algum dia tiver vontade e condições de fazer algo, faça. Porque vai haver um tempo em que terás vontade e não terás condições, ou terás condições e não terás mais vontade". 

Nos últimos anos tenho feito minhas viagens de carro ou moto pelo SUL da América do Sul, dissecando a Argentina, Chile e Bolívia. Fiquei deslumbrado com a Patagônia e principalmente com a Carretera Austral, lugar com a paisagem mais bela que já vi. Fui a Ushuia e para espanto de alguns, mais de uma vez (o que não se faz pelos amigos), e uma delas em pleno inverno, e andei pelo sul e leste da Bolívia, sempre acima de 3 ou 4 mil metros, o que anda me cansando, seja pelo excesso de gordurinhas, seja pela idade. De MachuPichu a Nazca foi uma epopéia, com problemas mecânicos, na estrada com mais curvas que já tive oportunidade de andar. A ruta 16 na Argentina e o Atacama viraram amigos, tantas as vezes que passei por lá, pois é roteiro de saída de Porto Alegre para o oceano pacífico.


Todavia, exceto por uma viagem ao Chile de 15 dias, de moto, em 2004, relativamente calma, o resto foi tudo na correria, ou rodando 1.400km de moto por dia, ou virando a noite dirigindo carro, em revezamento, tanto que quando vim de Ushuaia para Porto Alegre, no inverno de 2007, levamos 42 horas. Ou seja, aproveitando os “feriadões”, ou algum restolho de férias, pois nas mesmas tenho priorizado viajar como uma pessoal “normal” com a família.  O Norte do Brasil ou da América do Sul fica inacessível nesses prazos e, exceto uma ida de carro ao deserto do Jalapão em 2007, ou tiros curtos de moto para Goiás, norte do RJ, pouco tenho “subido”.



Não tenho tempo, e, se trabalho, ganho, se viajo, não ganho e gasto, que equação cruel. É, ainda estou naquela ampla maioria dos brasileiros que tem que trabalhar para viver. Talvez daqui a 50 anos.......

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mala de Alumínio da R1200GS - Como tapar a fechadura!

A mala de alumínio que acompanha da R1200GS Adventure, a partir de 2006 (a minha é 2007) é produzida pela Touratech, se não me engano.

Se comparadas as antigas malas de alumínio da R1150GS Adventure, o camarada toma um susto, tal a diferença de acabamento entre as duas (óbvio que a antiga era melhor). Mas as novas malas são funcionais.

O problema dessas malas são as tampinhas de borracha que protegem as fechaduras do barro, poeira, etc... e são 8 ao todo, cujo acesso é com a mesma chave da moto. As malas das GS 2006 até 2008, acredito, vieram com as "lock covers" inteiramente de borracha. O problema é que não há paciência que resista enfiar aquele troço molenga fechadura adentro (quando eu ficar velho deverei passar trabalho..hehehe).

Resumo: você meio que fechava, tacava uma fita isolante no que não iria mecher mais e, mesmo assim, volta e meia uma fechadura ficava entupida de poeira, barro, etc.. dificultando a abertura.

Em um desses encontros, o Marcelo Resende me falou que as novas lock covers vinham com plástico rígido, facilitando enormemente o "tamponamento" das benditas fechaduras. Ele tinha comprado algumas na Officer. Quando fui atrás do preço (mais de R$ 50,00 cada uma) desisti. Recentemente comprei em New Jersey as benditas, mesmo assim a salgados U$ 6,00 cada uma.

A segunda etapa da missão, todavia é "trocar" as benditas. Segundo o Resende, exigiria paciência, tempo e ferramentas, pois tinha passado trabalho. Me "armei" de boa vontade em uma noite de verão de 30 graus em Porto Alegre e fui a luta. Quando fui encaixar a primeira, com a ajuda de uma alicate, puff... encaixou de primeira, e eu disse "...esse Resende faz tempestade em copo d'água". Contudo, foi sorte de principiante, pois as outras 7 me exigiram mais de meia hora e um elevado grau de paciência.

Mas valeu a pena, ao menos agora não tenho que voltar das viagens e ficar limpando fechadura de mala.

GPS: A Garmin tem futuro? Qual aparelho comprar?

Tenho comentado que os aparelhos de GPS estão passando por uma revolução.

Não sou especialista em GPS mas já os uso a mais de 10 anos. Atualmente tenho um Zumo 550, um MAP 276C e um MAP60CS, todos da Garmin

No começo achei o Zumo meio "simplezinho", com poucos comandos, ao contrário do 276C, onde tudo é parametrizável. O MAP276C parece uma calculadora HP12C, enquanto o ZUMO550 uma com as 4 operações básicas. Mas isso foi um acerto da Garmin, pois a maioria esmagadora dos usuários não usava as funções do MAP276c (esse sim um GPS completo), se limitando ao que foi inserido no Zumo. Tanto é assim que, apesar do "estranhamento"  inicial, atualmente só viajo com o Zumo.

É comum nos fóruns de discussão pela internet o pessoal perguntar qual o aparelho mais apropriado, até mesmo porque a Garmin lançou, para motocicletas, o Zumo 660. Na época comentei que, apesar de estar viajando para o exterior (onde os preços são civilizados) não tinha o mínimo interesse de migrar para o Zumo660, apesar de ávido "consumidor"  de GPS.

E o motivo é simples. O GPS, puro e simples, se não desaparecer, vai mudar bastante, e a Garmin vai ter que buscar seu nicho, sob pena de desaparecer, assim como os acendedores de lampiões quando do advento da energia elétrica. O mundo está mudando cada vez mais rápido e é fácil fazer uma lista de atividades que rapidamente se tornaram obsoletas. Não faz muito tempo eu tinha conhecidos que viviam do "aluguel de linhas telefônicas". Dito hoje, parece piada.

Claro que um GPS de moto é completamente diferente de um de automóvel, notadamente pela necessidade de resistência a vibração e intempéries (chuva, vento, cocô de passarinho, etc...). Mas esse mundo está mudando muito.

Esses tempos eu havia lido que a Nokia iria liberar o acesso a seus mapas e sistemas de navegação, como de fato liberou, é tudo free. Isso faz parte de um plano de combate aos novos telefones móveis com sistema Android, da google, que oferecem a navegação nativa pelo google maps.
Esse sistema da Nokia (OVI) não tem NADA a ver com aquele google maps nativo, que fica localizando pela rede e baixando o mapa da google a "conta-gotas". Você, para as Américas, baixa mapas de mais de 1GB para o cartão. Baixa também o roteador, voz, etc...

Pela empresa uso um combativo Nokia E71, que tem GPS INTEGRADO. Está a anos-luz, de atraso, do poder de conectividade blackberry bold que já usei ou das firulas do Iphone, mas é um celular surpreendentemente prático. Esses dias baixei o mapa da América do Sul e os sistema de navegação da Nokia, agora free. Como possui GPS, a precisão e detalhamento dos mapas fazem querer você jogar os Garmins pela janela (o city navigator 2010, que paguei U$ 99 por uma licença oficial é uma piada e o tracksource é um projeto mais cheio de boas intenções do que  capacidade de navegação). Nota: os desenvolvedores são abnegados, oferecem o produto de melhor qualidade para GPS Garmin no Brasil e não cobram nada por isso.

http://www.youtube.com/watch?v=xv7B2asC7ok

Ao baixar o sistema Nokia para o celular 5800 da piazada então, nem se fala, bota no bolso a maioria dos navegadores chineses vendidos pelas Lojas Americanas (que tem roteamento melhor que o Garmin, diga-se de passagem).

Assim, os aparelhos de GPS, propriamente dito, se não desaparecerem no futuro, certamente terão um mercado restrito, pois o avanço da portabilidade e dos aparelhos multifuncionais certamente abocanhará seu espaço. Do que vai viver a Garmin (com o excelente Mapsource- ao menos referência no mercado)? Num sei, mas taí uma companhia que vai precisar se reinventar.

Notas: apesar de não comprar um Zumo 660, adquiri um celular HTC HD Touch no exterior. Bonito e elegante e rodando o miserável Windows Mobile 6.1. Após 1 mês me "esforçando"  para usar minha "bela" aquisição, voltei ao combativo Nokia E71. O que eu faço com o HTC HD? Num sei, to querendo vender pelo que lá paguei.. heheheheh.... e apesar da idade eu ainda continuo caindo nessas frias...... (vendido a um colega do BMWRiders tão logo anunciei aqui...)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Times Square - Virada do Ano

Apesar de estarmos a poucas quadras, o fato de estar um misto de neve e chuva, associado a uns 2 graus negativos e a volta desgastante de Washington, fizemos a virada do ano no quarto do hotel, aquecido, com os fogos de SouthPort e Times Square iluninando a janela ao fundo.