sábado, 24 de abril de 2010

City-Tour em Lima - Peru

Após andar alguns dias pela cidade, vi o ônibus de Turismo Mirabus, que faz um excelente city-tour.
http://www.mirabusperu.com/

Um dos pontos que merecem nota é a visita as catacumbas. Interessante!

O trânsito de Lima é caótico. Tem que se ficar esperto, senão passam por cima de você.

Outra presença constante em Lima é a preocupação com os furtos de trombadinhas. Andei despreocupado por Lima, mas sempre havia gente me aconselhando a ter cuidado com cameras fotográficas, dinheiro, etc... preocupação até frenética. Deve haver muitos roubos a turistas. Nunca vi.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A Ajuda do Jorge em Lima

Quando contatei o grupo do yahoo Maxitrail, do qual faço parte, o Gilson (Guanaco Missioneiro) me indicou o Jorge, que pertence a um motoclube de Lima.

Como ele vi o mecânico, o pneu, além de jantarmos por duas oportunidades, conhecendo assim a vida noturna de Lima. Acima, a foto juntamente com sua ex-namorada, uma brasileira que dá aulas de português em Lima. Obrigado pela acolhida Companheiro!

Lima - Peru - Subindo o Cerro de San Cristobal

Com a moto na concessionária e alguns dias livres em Lima, hospedado em Miraflores, fui ao centro (Plaza de Armas) subir o Cerro San Cristobal, de onde se observa toda a cidade de Lima.

Os ônibus de Turismo saem a partir da Plaza de Armas, por 5 soles, ou seja, R$ 3,00. Isso mesmo.
Não sei se é programa de índio ou não, mas achei que valeu a pena.

Até estádio de touradas se observa lá de cima, apesar da névoa que cobre Lima ser uma característica da cidade.

Depois visitei a Catedral, na qual se paga 10 soles. Valeu? Não saberia dizer, é bonitinha, mas nada diferente de outras catedrais mundo afora.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Lima - Peru - BMW MOTORRAD

Muito já debati a relação custo/benefício de motos. A BMW está longe de ser ganhadora nesse ranking. É cara. Por outro lado, insisto em dizer que a R1200GS Adventure é a melhor moto em que já botei a bunda, isso que acima de 1.000cc já tive um batalhão, que passa por V-Max, Hayabusa, XX Superblackbird, Virago 1100, V-Strom, Harley e por aí vai....

A assistência técnica por outro lado, é impar. Em Lima procurei a revenda de carros da BMW, já que não consta do site mundial da BMW Motorrad nenhuma loja em Lima. Estava enganado, porém, faz 2 meses que abriu uma em Lima, filial da Motorrad Chilena (a peruana, de carro, não quis saber de motos).
Fui consertar o cardã e acabei deixando a moto para a revisão dos 40.000km. Excelente atendimento, com o Gustavo Palácios, que até fala português (fez um curso na embaixada do Brasil).

Aos que necessitarem, o endereço:

  • Avenida Javier Prado Este, 5535
  • Bairro Molinos
  • Atendente: Gustavo Palácios
  • Fone: 51 1 9891 31141
  • e-mail: gpalacios@agildemeister.com.pe

Já mecânicos especializado em motos em Lima, de outras marcas, conheci o Perea, cujos dados estão abaixo:

Servicio de Motocicletas Perea
Calle Manuel Segura, 669 - Lince
Telefone: 472-5043 e 99996-5411
mail: serviciosdemotosperea@hotmail.com

Pneus para Motos - Lima - Peru

Consegui o pneu traseiro da GS, 150/70/17 na loja Barbacci Motors:


TEL. : 51 - 1 - 4409073 
FAX. : 
51 - 1 - 4216450 
Endereço : 
AV. PETIT THOUARS 4324 LIMA 18 PERU



Troquei-o num posto de combustíveis, umas 2 ou 3 quadras após, pela própria rua Petit Thouars, a direita.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cuzco - Abancay - Nazca

Já havia passado de carro esta estrada. Asfaltada, corta todo o meio da cordilheira e, do mundo que conheço, são os 650km com o maior número de curvas. Ônibus levam mais de 18 horas e carros de passeio, rápidos, mais de 14 horas.

Na outra oportunidade, cruzei o trecho em uma caminhonete diesel, manual. As pernas cansaram, pois era um infindável acelera, trava, baixa marcha, e por aí vai. De moto as curvas tornam a viagem mais divertida, mas não precisava ser tanto.

Levei 12 horas e cheguei em Nazca a noite, cruzando a parte final a noite. A estrada está pedagiada (não era) e, apesar do asfalto bom, havia muito "sujeira" em cima do asfalto, levando a alguns sustos em curvas em que se entrava meio rápido.

A idéia inicial era, de Abancay, seguir para Ayacucho, também cruzando o meio da cordilheira, mas em estrada de rípio. O estado deplorável do pneu traseiro e o cardã que insistia em babar óleo me levaram direto a Nazca, Para depois seguir a Lima e trocar pneu e consertar o cardã.

Em Púquio, único lugar plano e reto, a mais de 4.000 metros, peguei uma forte chuva de granizo que me obrigou a parar a moto. As pedras de gelo batiam na jaqueta e chegavam a provocar fortes pancadas nos braços, notadamente. Veja vídeo no Youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=svQEYP9r7pk

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cusco

Como bom gaúcho, CUSCO é o nome que se dá para cachorro viralata, mas aqui vamos falar da cidade peruana, propriamente dita.

Me hospedei em um hotel perto da plaza de armas, Emperador Plaza, cerca de U$ 50,00 de diária, quarto grande e relativo conforto.
Já conhecia Cusco e o Vale Sagrado, Machupichi, etc... então tirei o dia para descansar, bater perna, tirar fotos e fazer alguns roteiros que não fiz na outra viagem.

Um desses foi pegar a Tramia. É uma mistura de bonde e caminhão, antigo transporte de Cusco, e que agora sai de uma em uma hora da plaza de armas e leva você até o topo de um dos morros que circunda Cusco. Custa R$ 15 soles,  o que dá uns R$ 10,00, e vale a pena. Não o fiz da outra vez por falta de tempo.
Também visitei Orycancha, umas ruínas dentro de uma igreja e outros roteiros dentro da simpática cidade. O centro de Cusco é extremamente policiado (polícia turistica) o que até preocupa, sinal do alto índice de roubo de turistas. Mas não vi nada nesse sentido. Passei o dia "batendo perna".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Puerto Maldonado a Cusco

A rodovia está "quase" pronta, faltando uns 80km dos 530km entre Puerto Maldonado e Cusco.

O problema é que deixaram por último os piores quilômetros, atravessando a cordilheira ainda na parte da floresta amazônica. Para variar (lei de murphy) choveu torrencialmente no dia anterior e durante todo noite.

A estrada, na parte que ainda está sem pavimento, estava um sabão. Com a GS carregada do jeito que estava, se estivesse com pneus lisos, provavelmente não passaria ileso.

A grande novidade do dia é que, quando começou o piso de terra, encontrei um camarada numa moto.  Quando vejo a moto Falcon com placa de Novo Hamburgo, parei-o imediatamente.

O Marcelo tem 25 anos e é aviador agrícola. Nas entre-safras viaja, com o dinheiro acumulado nos meses de trabalho. Gente boa demais.Resolvemos seguir juntos até  Cusco. Decisão acertada.

Um item interessante da viagem é que a estrada "fecha" se um grande trecho o dia inteiro e só abre durante 1 hora, entre as 12:00h e as 13:00. E são duas barreiras. Não podes parar entre elas. E não sabíamos disso. Chegamos 40 minutos antes da barreira abrir, ainda bem. Aproveitamos para comer uma bananas da floresta.

Apesar do barro, passamos bem. Para nada omitir, tombei, quase parado, dentro de um riacho. Apesar de colocar o controle de tração no modo off-road da GS, quando arrancamos de uma parada me esqueci de acioná-lo. Ao atravessar um córrego, carregado de água pelas chuvas, a roda deslizou na pedras, o controle de tração ativo, perdi o motor, e me quedei. Isso não foi nada. Eu e o Marcelo levamos uns 5 minutos para levantar a GS. Se tivesse sozinho, ia precisar esperar alguma boa alma alheia passar. Ou descarregar toda la moto.

O ponto alto da estrada tem 4.725m. A falcom, carburada, peidou bastante, mas foi bem. Chegou a marcar 8 graus no topo da cordilheira. Saí de Puerto Maldonado com 32 graus.

Chegamos em Cusco as 6 da tarde, noite. Sujo e bastante desgastado. Resolvi ficar mais um dia em Cusco para me recuperar. Vou ter que mudar o roteiro e ir a Lima para verificar o pneu e o fato do cardã estar babando.

domingo, 18 de abril de 2010

Puerto Maldonado - Peru

Acordei cedo em Vilhena. A estrada vazia, pois era domingo, e uma pequena névoa cobria a paisagem, o que a deixava com contornos mais interessantes. Logo cheguei ao Acre. Estou sendo telegráfico e os pouparei de contar as várias conversas ao longo do dia. Na parada desta foto, por exemplo, vieram correndo uma série de moradores no entorno - difícil ver casas né - de máquinas fotográficas em punho para sacá-las de la moto.

Não cheguei a ir até Rio Branco, pois no trevo de 4 bocas há indicação da Rodovia do Pacífico (ou Interoceânica). Se segue na direção de Plácido de Castro, atalhando assim um bom caminho. Nos mapas essa rodovia aparece com AC-401, mas na placa está como BR-317.
A estrada irregular, remendada, mas não há buracos como em Rondônia.
Cheguei a Assis Brasil, na divisa com Inapari no Perú as 12:40 (horário do Perú, 2 horas a menos que o de Brasília). A imigração estava fechada, abrindo as 14:30h. Acabei almoçando em Assis Brasil e fiquei de bate papo com moradores locais.

O ingresso no Peru demorou mais de 1hora e se alguém quer saber como agilizar é o seguinte:
a) tem que dar saída do Brasil e apresentar o papel na Perú. Isso é feito na PF, que fica em um pórtico quando você vai para Assis Brasil - não tem como errar. Não fiz isso e tive que voltar. Lá na PF me informaram que pela manhã tinha passado outro motociclista, sozinho, que faria o mesmo trajeto meu, e era de Novo Hamburgo,
b) tem que tirar cópia dos seguintes documentos: identidade ou passaporte, documento do veículo, carteira de motorista (me esqueci desta) e pasmem, do boleto de entrada do peru que você faz na imigração.

Tem na imigração uma barraquinha com máquina de cópias, que se encontrava fechada, O funcionário da alfândega quebrou esse galho, junto com a cópia da carteira de motorista que não havia tirado antes. Abaixo, foto da imigração peruana, bem diferente da nossa.
Com todos esses atrasos, queria chegar em Puerto Maldonado antes de escurecer. Muitas curvas e, no lusco-fusco, em um areião em uma ponte, peguei um bando de vacas. Os bovinos ficaram tão assustados quanto eu, acredito, desvia de uma ou de outra, e nada de mais grave. Por falar nisso, animais na pista são comuns, tem que ficar esperto.
Mas cheguei em Puerto Maldona já no começo da noite e aí veio um problema. Cansado, depois de um dia de viagem, colocar a moto numa balsa de 10 metros quadrados por uma rampa de madeira. Já vi até foto disso pela internet. Bem, mas ela entrou. Entrou e saiu, junto com outras 3 motos pequenas peruana (alguém deve errar a rampa de vez em quando e se estatelar).

Mas a saída é pior do que a entrada, pois a balsa estaciona de frente para uma subída íngreme (um morro de terra mesmo). Os peruanos saem embalando de dentro da balsa e até com o balseiro empurrando para pegar pique. A GS, com torque, e calçada com os karoo tirou de letra, mas quando cheguei lá em cima vi que os 3 motociclistas peruanos estavam esperando (e apostando provavelmente) que uma moto daquele tamanho não conseguiria embalar da balsa e subir o morro tão fácil. Decepcionei-os.

Pousei na Cabana Kinta, um hotel com vários bangalos, até que agradável e diária de cerca de 40 dólares.

 RELATOS DETALHADOS DESSE ROTEIRO PODEM SER VISTOS NO POST DO AMIGO E COMPANHEIRO MARCELO RESENDE.
http://marceloresende.multiply.com/journal/item/8/8

sábado, 17 de abril de 2010

Vilhena, começo de Rondônia a Vista Alegre, final de Rondônia

Planejava chegar em Rio Branco, mas a buraqueira da BR364 é um negócio impressionante.

O pneu traseiro perdeu ar nas pancadas, consertado com a ajuda de um “mestre” borracheiro de beira de estrada. Perdi o salpicadeiro traseiro da GS (mini paralama traseiro), em dois momentos, num primeiro buraco perdeu a parte de baixo e num segundo entortou de vez. Tive que tirá-lo em Ji Paraná;

Para variar, o cardã começou a babar.

Bem, voltemos ao relato, enquanto escrevo aqui num notebook, num bar de vista alegre, tomando uma cerveja gelada e esperando a janta. Celular nem pensar, o sinal mais próximo deve estar a 300km daqui.

Saí de Villhena pela manhã, cedo, as 6h. O desgaste do pneu em “velocidade de cruzeiro”  me assustou. Assim, decidi baixar para os 120 por hora. Nem precisava, pois a rodovia é controlada por buracos. Perto de Cacoal, então, nem se fala.  Os buracos povoam a Rondônia inteira.

Como rodei com o pneu traseiro murcho, o “Tião borracheiro” disse que afetou a banda de rodagem. Pega daqui e dali, num se acha pneu em Ji-Paraná.  O Rubico, proprietário de uma V-Strom em Ji Paraná me emprestou um usado dele, para alguma emergência. O estou carregando em cima da mala traseira. 

Perdi a conta de carros com pneus estourados e até vi um acidente entre uma hilux e um caminhão, fruto dos desvios abruptos de caminhões por causa dos buracos e nem olham para trás, quem vem que se cuide. E a hilux foi ultrapassar na hora errada. Prejuízo só material.

Eu mesmo fui jogado para o acostamento contrário algumas vezes, até pegar o jeito.

Meu dia foi assim, serpenteando pelos buracos, andando a 100 por hora e as vezes menos. Imagino a tortura dos caminhoneiros.

Queria chegar em vista alegre antes de anoitecer. Todos com quem conversei, literalmente todos, disseram para evitar ficar nas cidades do norte do Rondônia, muito violentas segundo dizem.

Cheguei a na balsa do rio madeira com o sol dando seus últimos suspiros, e lá fiquei por quase 1,5 hora.  A balsa encalhou.

Saindo de lá cheguei em vista alegre, uns 30km depois. Cidade pequena mas muito simpática, hotel com TV e ar condicionado. Em frente um bar que serve uma cerveja bem gelada e um bifê na chapa.

Nota sobre Vista Alegre: agradável surpresa, a janta em frente ao hotel, em um bar simples, foi digna de nota. Um filé sobre uma chapa quente, com braseiro em baixo, queijo também sobre a chapa e banana, acompanhamento de arroz, farofa e um feijão que não era preto. Gostossísima, jantar dos deuses, no fim do mundo.