domingo, 18 de abril de 2010

Puerto Maldonado - Peru

Acordei cedo em Vilhena. A estrada vazia, pois era domingo, e uma pequena névoa cobria a paisagem, o que a deixava com contornos mais interessantes. Logo cheguei ao Acre. Estou sendo telegráfico e os pouparei de contar as várias conversas ao longo do dia. Na parada desta foto, por exemplo, vieram correndo uma série de moradores no entorno - difícil ver casas né - de máquinas fotográficas em punho para sacá-las de la moto.

Não cheguei a ir até Rio Branco, pois no trevo de 4 bocas há indicação da Rodovia do Pacífico (ou Interoceânica). Se segue na direção de Plácido de Castro, atalhando assim um bom caminho. Nos mapas essa rodovia aparece com AC-401, mas na placa está como BR-317.
A estrada irregular, remendada, mas não há buracos como em Rondônia.
Cheguei a Assis Brasil, na divisa com Inapari no Perú as 12:40 (horário do Perú, 2 horas a menos que o de Brasília). A imigração estava fechada, abrindo as 14:30h. Acabei almoçando em Assis Brasil e fiquei de bate papo com moradores locais.

O ingresso no Peru demorou mais de 1hora e se alguém quer saber como agilizar é o seguinte:
a) tem que dar saída do Brasil e apresentar o papel na Perú. Isso é feito na PF, que fica em um pórtico quando você vai para Assis Brasil - não tem como errar. Não fiz isso e tive que voltar. Lá na PF me informaram que pela manhã tinha passado outro motociclista, sozinho, que faria o mesmo trajeto meu, e era de Novo Hamburgo,
b) tem que tirar cópia dos seguintes documentos: identidade ou passaporte, documento do veículo, carteira de motorista (me esqueci desta) e pasmem, do boleto de entrada do peru que você faz na imigração.

Tem na imigração uma barraquinha com máquina de cópias, que se encontrava fechada, O funcionário da alfândega quebrou esse galho, junto com a cópia da carteira de motorista que não havia tirado antes. Abaixo, foto da imigração peruana, bem diferente da nossa.
Com todos esses atrasos, queria chegar em Puerto Maldonado antes de escurecer. Muitas curvas e, no lusco-fusco, em um areião em uma ponte, peguei um bando de vacas. Os bovinos ficaram tão assustados quanto eu, acredito, desvia de uma ou de outra, e nada de mais grave. Por falar nisso, animais na pista são comuns, tem que ficar esperto.
Mas cheguei em Puerto Maldona já no começo da noite e aí veio um problema. Cansado, depois de um dia de viagem, colocar a moto numa balsa de 10 metros quadrados por uma rampa de madeira. Já vi até foto disso pela internet. Bem, mas ela entrou. Entrou e saiu, junto com outras 3 motos pequenas peruana (alguém deve errar a rampa de vez em quando e se estatelar).

Mas a saída é pior do que a entrada, pois a balsa estaciona de frente para uma subída íngreme (um morro de terra mesmo). Os peruanos saem embalando de dentro da balsa e até com o balseiro empurrando para pegar pique. A GS, com torque, e calçada com os karoo tirou de letra, mas quando cheguei lá em cima vi que os 3 motociclistas peruanos estavam esperando (e apostando provavelmente) que uma moto daquele tamanho não conseguiria embalar da balsa e subir o morro tão fácil. Decepcionei-os.

Pousei na Cabana Kinta, um hotel com vários bangalos, até que agradável e diária de cerca de 40 dólares.

 RELATOS DETALHADOS DESSE ROTEIRO PODEM SER VISTOS NO POST DO AMIGO E COMPANHEIRO MARCELO RESENDE.
http://marceloresende.multiply.com/journal/item/8/8

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